Erika Santos Silva, mais conhecida como Erika Hilton é Ativista dos Direitos Negros e LGBT e Política.
Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), nas eleições estaduais em São Paulo de 2018, desempenhou papel de codeputada estadual em mandato coletivo encabeçado por Mônica Seixas. Nas eleições de 2020, ganhou notoriedade nacional e internacional ao ser a primeira vereadora transgênero eleita pela cidade de São Paulo e a vereadora mais votada do país.
Quando adolescente, vivendo com seus tios evangélicos, sofreu violência por sua expressão de gênero, sendo forçada a frequentar a Igreja, em busca de uma "cura" vinda de Deus. Aos quinze anos, foi expulsa de casa e foi morar na rua, onde recorreu à prostituição para sobreviver. Após seis anos, foi resgatada por sua mãe e com seu apoio, retomou os estudos. Concluiu o ensino médio e ingressou na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde iniciou sem concluir os cursos de pedagogia e gerontologia e ingressou no movimento estudantil.
Iniciou sua carreira política em 2015, após uma disputa com uma empresa de ônibus. Na ocasião, ao tentar comprar uma passagem de ônibus em Itu, a empresa se recusou a imprimir seu nome social feminino na passagem. A legislação em São Paulo que garantes direitos de identidade às pessoas trans não se aplicava a empresas privadas. Lançou petições online defendendo o direito de pessoas trans escolherem seus próprios nomes. Após grande engajamento, Acabou obtendo êxito.
Com a repercussão do caso, ganhou reputação de defensora dos direitos dos trans e começou a receber convites para dar palestras em universidades. Foi convidada a se filiar ao PSOL e em 2016, se candidatou a vereadora pelo município de Itu, onde não conseguiu se eleger. Em 2018, Hilton recebeu o convite para integrar a Bancada Ativista. O grupo, que reunia nove pessoas, lançou uma candidatura coletiva para uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP).
A Bancada Ativista, representada oficialmente por Mônica Seixas, foi eleita com 149.844 votos e Hilton, junto com Seixas e outras sete pessoas assumiram um mandato compartilhado, algo inédito na ALESP. Hilton foi nomeada como assessora e recebia salário correspondente à função, embora atuasse quase como parlamentar. Para comportar a estrutura diferente, a ALESP abriu exceções, como permitir a foto de todos os codeputados na porta do gabinete.
Deixou o mandato na ALESP em 2020 para lançar sua candidatura para vereadora em São Paulo. Foi eleita com 50.508 votos, se tornando a vereadora mais votada do Brasil e a primeira mulher transgênero a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo.
Temas das Palestras
* Gestão de Pessoas;
* Planejamento e Estratégia;
* Política;
* Racismo / Diversidade / Gênero.
11/2021