Jaqueline Carvalho é uma das maiores jogadora do voleibol brasileiro. Atua na posição de ponteira-passadora.
Aos 11 anos, morando em Recife, Jaqueline jogava, paralelamente, basquete e vôlei na escola, até que optou somente pelo vôlei, pois estava difícil conciliar as duas modalidades com os estudos. Participando de campeonatos escolares, iniciou sua carreira pelo Sport Club do Recife. Destaque no clube, com 13 anos, "olheiros" vindos de SP a chamaram para fazer um teste no clube BCN/Osasco. Jaque passou na "peneira" do BCN/Osasco, consequentemente teve que mudar-se de Recife.
Com pouco tempo, já estava na categoria adulta do BCN/Osasco. Em 2001, aos 17 anos, foi convocada para a Seleção Juvenil e foi eleita a melhor jogadora do Campeonato Mundial de Vôlei Juvenil daquele ano. A jovem jogadora foi apontada por diversos técnicos e pessoas envolvidas no meio do vôlei como grande promessa do esporte no Brasil, o que lhe rendeu a convocação para a seleção adulta, no mesmo ano de 2001.
No auge de sua ascensão, em 2002, Jaqueline teve uma contratura no joelho, que acabou por deixar a pernambucana numa mesa de cirurgia para tratar a contusão. Ficou por volta de 6 meses sem jogar, recuperando-se. Depois desse período, voltou a treinar e no 2º dia após sua volta, torceu novamente o mesmo joelho e mais uma vez foi submetida a uma cirurgia. Jaque também teve complicações com a circulação sanguínea de sua mão (uma trombose com possibilidade de amputação do braço), o que a afastou mais ainda das quadras, deixando-a, inclusive, de fora do Campeonato Mundial de Vôlei Adulto de 2002, dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingos (2003) e dos Jogos Olímpicos de Atenas (2004).
No fim de 2004, já recuperada, porém sem ritmo de jogo, transferiu-se para um clube no RJ, o Rexona/Ades. Depois de uma temporada jogando no clube, a ponteira, que por falta de ritmo estava no banco de reservas, terminou na titularidade do time e conseguiu sua convocação para a seleção brasileira em abril de 2005.
Em 2005, no Grand Prix de Voleibol de 2005, foi apontada como estrela da seleção de José Roberto Guimarães, se tornando a jogadora mais completa do time. Em 2006, Jaqueline conquistou a medalha de prata no Campeonato Mundial de Vôlei, sendo eleita pela crítica a melhor brasileira do campeonato.
Transferiu-se para o Murcia na Espanha para jogar a temporada 2007/2008, onde conquistou o campeonato espanhol. Em 2008, regressou à seleção, participando da conquista do Grand Prix, e da inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, que consagrou essa geração do vôlei feminino como a segunda equipe na história a conseguir vencer todos os jogos na fase de classificação por 3 sets a zero (a primeira foi a equipe japonesa). Na semifinal, a equipe encarou as campeãs Olímpicas de 2004, as chinesas, e com 2 aces seguidos de Jaqueline, o Brasil venceu por 3:0 e chegou à sua primeira final Olímpica.
Na disputa pela medalha de ouro, o Brasil levou a melhor e venceu a equipe norte-americana, terminando a competição sem disputar nenhum tie-break, perdendo apenas um set, exatamente na final. Nesse mesmo ano, Jaqueline retornou à Itália, dessa vez para jogar pelo Scavolini/Pesaro na temporada 2008/2009, sob o comando de José Roberto Guimarães, consagrando-se campeã italiana e melhor jogadora da final do campeonato.
No ano seguinte (2009), retorna ao Brasil para defender o Sollys/Osasco, onde tornou-se penta campeã brasileira. Em 2012, depois de uma campanha irregular na 1ª fase e impecável na 2ª fase, a Seleção Brasileira de Voleibol Feminino conquistou a 2ª Medalha de Ouro nas Olimpíadas de Londres. Jaque, ponteira titular, tornou-se Bicampeã Olímpica de Vôlei, entrando para a história do voleibol mundial. Na final olímpica, novamente diante das norte-americanas, foi considerada a melhor jogadora em quadra (MVP), além de ter sido a maior pontuadora do confronto, com 18 pontos.
Diante deste cenário, José Roberto Guimarães acolheu Jaqueline na seleção, visando a recuperação do seu ritmo de jogo. Recuperou-se rapidamente e, pela seleção, conquistou o décimo título do Grand Prix e a medalha de bronze no Mundial da Itália, ambos como titular. Na temporada 2017/2018, Jaque foi peça fundamental na recepção, defesa e ataque do time, o Hinode Barueri, de SP, vice-campeão paulista e 5º colocado na Superliga.
Após um ano sem jogar, Jaque assinou contrato para a temporada 2019/2020 com o Osasco, retornando ao clube após 6 anos e sendo assim uma das contratações mais comentadas da temporada. Permanece em Osasco na temporada 2020/2021, após se destacar no ano anterior não só no passe, como também no ataque. Sagrou-se campeã paulista em 2020, ao lado de suas companheiras em Osasco.
Temas das Palestras
* Liderança;
* Motivação;
* Superação de desafios;
* Trabalho em Equipe.
11/2020